terça-feira, 15 de março de 2011

Corredores

    Caminhamos por estradas diversas. Estradas que variam de aparências, que se diferem por suas características e que são completas devido a paisagem pertencente ao ambiente de cada uma. Estradas que visam nos levar a algum lugar, caminhos que visam não nos levar a lugar algum...mas o "lugar algum" também é um local. Pontes, pedras, buracos e rios...tudo isso pode ou não influenciar no curso de nossa viagem.
    Recentemente, muito recentemente, lembrei dos corredores...tão diversos quanto as estradas. Atenho-me aos corredores que por vezes passamos não por opção, mas por força da situação. São caminhos estreitos rodeados de pedras tão sólidas quanto a incerteza. Corredores que nos faz questionar a solidez do sólido, cada passo dado vem acompanhado de desejos: continuar em frente, perder-se no labirinto, estagnar e esperar a morte, são tantos quanto os seus tijolos e pedras.
    Paredes repletas de quadros, lembranças, inúmeros pregos, convite a viver e emoldurar novos momentos . Fato é, que não estamos livres deles, digo que são necessários, ter os pés molhados pela água que brota do chão, isso quando ela não jorra dos olhos e inunda o escuro e frio Corredor. Conhecer novos caminhos, trilhar sobre novos solos e conversar com as paredes...encaremos assim nosso próximo Corredor, se "paredes tem ouvidos" logo boas estórias e histórias aliviarão a tensão.